Na Gávea, em meio às árvores seculares do campus da PUC-Rio, vislumbra-se o Solar Grandjean de Montigny, exemplo de arquitetura neoclássica no Brasil. Located among century-old trees on one of the campuses of PUC-Rio at Gávea, the Solar Grandjean de Montigny is envisaged as a landmark of neoclassical architecture in Brazil.

quarta-feira, 29 de abril de 2015

Contornos Urbanos no traço de Marcelo Gemmal - o centro do rio nos seus 450 anos

Celebrando os eventos dos 450 anos da cidade, o Solar Grandjean de Montigny reabre, após dois anos de um cuidadoso trabalho de preservação e recuperação do patrimônio arquitetônico e histórico, realizado pelo Escritório Modelo de Arquitetura e Design da PUC-Rio, sob estrita orientação do IPHAN, inaugurando no dia 28 de março, às 16h, a  exposição Contornos do Rio no traço de Marcelo Gemmal – O  Centro do Rio nos seus 450 anos, com painéis de pintura do artista contemporâneo Marcelo Gemmal enfocando o centro da cidade nos dias atuais.



O tema celebra a data da cidade, mostrando cenas da vida urbana dos cariocas como  Viaduto Cidade Nova no final da Paulo de Frontin, Presidente Vargas vista do Viaduto do Santa Bárbara, Rua dos Andradas com Marechal Floriano, com vista para a Presidente Vargas, Rua Leandro Martins com vista para a Rua Acre e Marechal Floriano, a esquina da  Rua Miguel Couto com Rua do Rosário  entre outras. A mostra é composta de dezesseis pinturas inéditas em técnica mista sobre painéis de lona crua em grandes formatos - trabalhos de 1,5m, 2m, 2,5m e 3m sempre por 1,5m..

Solar Grandjean de Montigny - Museu Universitário da PUC-Rio



O Solar Grandjean de Montigny – Museu Universitário da PUC Rio
Na Gávea, em meio às árvores seculares do campus da PUC-Rio, vislumbra-se o Solar Grandjean de Montigny, exemplo da  arquitetura neoclássica adaptado ao clima tropical do Brasil.
Arquiteto e tratadista de sólida formação neoclássica, Auguste Henri Victor Grandjean de Montigny (1776 -1850) chegou ao Brasil em março de 1816, como integrante da Missão Artística Francesa – grupo de artistas, arquitetos e técnicos franceses com o objetivo de implantar e consolidar o ensino das Belas Artes no Rio de Janeiro.
Grandjean de Montigny  exerceu uma influência marcante na história da arquitetura brasileira, como arquiteto e como professor da Academia Imperial de Belas Artes, Realizou inúmeros projetos de prédios públicos e particulares, além de projetos de reurbanização do centro da cidade.
Atualmente, encontram-se preservados o prédio da Casa França-Brasil (antiga Alfândega) no centro do Rio; a sua residência – Solar Grandjean de Montigny - na Gávea e o pórtico da antiga Academia Imperial de Belas Artes, transportado e instalado numa das aléias principais do Jardim Botânico.
Da sua residência, não se conhece o projeto original. Construída possivelmente em 1822, passou por vários proprietários, tendo sido tombada em 1938 como monumento  histórico,  arquitetônico e artístico nacional. Em 1951, a Pontifícia Universidade Católica adquiriu a propriedade que incluía o Solar e em 1959 a casa foi restaurada pela primeira vez pela Universidade e pelo IPHAN. Restituiu-se sua forma original tendo como base um desenho de Debret, quando foi reintegrada a colunata contínua das varandas superior e inferior; a grade da varanda superior; o terraço acima da escada de entrada de onde foi retirado o muro de tijolinhos em nicho de andorinha, além da recuperação de elementos não originais externos e internos.  A casa é considerada como um dos mais importantes exemplos da transposição e da adaptação de um modelo europeu em terras tropicais no séc. XIX. Seu entorno, igualmente tombado pelo IPHAN caracteriza-se, sobretudo por uma vegetação pujante que emoldura a moradia.